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Mastectomia radical modificada
Trata-se do procedimento de escolha para casos de câncer de mama localmente avançados ou multicêntricos. Geralmente é associada com a reconstrução imediata da mama.
Antes e depois da cirurgia
Mastectomia radical modificada
A mastectomia radical é o primeiro tratamento cirúrgico do câncer de mama, descrito em 1894 por William Halsted. Na época, a cirurgia era mais ampla, retirando toda a glândula mamária (com pele, aréola e papila mamária), linfonodos axilares e músculos peitorais. Posteriormente, a cirurgia ficou mais econômica, preservando os músculos, passando a ser chamada de mastectomia radical modificada.
Este procedimento ainda é utilizado em algumas situações, tais como doença localmente avançada (tumores extensos) ou multicêntrica (vários focos de doença). Salvo nestas situações, as cirurgias conservadoras da mama (quadrantectomia) são as preferidas.
Sempre que possível, procura-se associar a reconstrução mamária à mastectomia radical modificada, minimizando a mutilação e agressividade do tratamento.
O preparo para a cirurgia requer jejum de 8 horas e todo medicamento utilizado na semana anterior deve ser comunicado ao médico. Obviamente, recomenda-se evitar associar tabagismo e ingestão de bebidas alcóolicas no período peri-operatório.
A anestesia geral é a mais utilizada neste tipo de cirurgia, com uso de bloqueios locais para diminuir a dor após a cirurgia. Geralmente as cirurgias da mama são pouco dolorosas, mas, o uso de medicações analgésicas sempre é prescrito após a alta. De modo geral, as pacientes submetidas a este procedimento ficam internadas de 12 a 24 horas.
Salvo exceções, as pacientes permanecem com drenos cirúrgicos por cerca de 7 dias (ou até drenar menos de 50 ml em 24 horas).
A paciente deve permanecer em repouso por cerca de 7 a 14 dias, mas podem ocorrer variações individuais. O repouso pós-cirúrgico é muito importante para evitar edema, sangramento (hematoma) ou acúmulo de líquido (seroma). Porém, a paciente não necessita ficar com o braço imóvel. Inclusive, a movimentação do braço ajuda a diminuir rigidez do ombro posteriormente.
O que se recomenda é que nos primeiros dias após a cirurgia seja evitado abrir o braço do lado operado em mais de 90° ou esforço excessivo (carregar peso, digitação excessiva, etc).
A fisioterapia precoce ajuda a paciente se sentir-se mais confortável com a cirurgia e pode evitar o aparecimento de alguns problemas, tais como limitação de amplitude de movimento e edema do braço.
Outro cuidado pós-operatório importante é a limpeza dos curativos ou da cicatriz. Alguns curativos devem ser trocados diariamente, mas normalmente os curativos mais duradouros são preferidos. A limpeza com água e sabonete geralmente é a melhor forma de evitar infeções de ferida cirúrgica.
Todas as alterações no período pós-operatório devem ser comunicadas ao médico e os retornos costumam ser semanais nos primeiros dias.
Para mais informações sobre o manejo dos drenos, veja o vídeo abaixo:
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