Rastreamento do câncer de mama: o que é e tudo mais que é importante saber
Quando detectada em seu estado inicial, o tratamento do câncer de mama pode se tornar mais fácil e com maiores chances de sucesso. Para isso é necessário um “diagnóstico” precoce, e uma das técnicas utilizadas é o rastreamento do câncer de mama.
Para que você saiba exatamente do que se trata essa prática, vou te explicar abaixo o que é, tipos, público-alvo e como e feito. Confira!
O que é o rastreamento do câncer de mama?
É uma estratégia de identificação prévia do câncer de mama. O rastreamento consiste na aplicação de testes ou exames em uma população feminina sem sinais ou sintomas que indicam o câncer de mama.
Dessa forma, o objetivo é identificar as mulheres com alterações no corpo que indicam a doença. Feito a identificação destas mulheres, o próximo passo e encaminhá-las para o diagnóstico.
Quais são as orientações da prática do rastreamento do câncer de mama?
A prática do rastreamento do câncer de mama é baseada no conjunto de diretrizes para a detecção precoce da doença no Brasil. A elaboração do conjunto de diretrizes foi realizada de acordo com o intuito de orientar os profissionais da área de saúde nas práticas clínicas.
Para quem se destina esta prática?
Segundo as diretrizes, o rastreamento do câncer de mama deve ser feito em mulheres em faixa etária que há provas da diminuição do número de mortes por essa doença. Além disso, os benefícios a saúde são maiores que o danos. Segundo a Sociedade Brasileira de Mastologia, a faixa etária que atende as diretrizes são mulheres entre 40 a 75 anos. Após isso, a necessidade de exames deve ser discutida individualmente.
Quais os tipos de rastreamento?
Seguindo as diretrizes para a detecção precoce do câncer de mama, a prática de rastreamento do câncer de mama pode ser de dois tipos: oportunístico ou organizado.
- Oportunístico: a prática é oferecida para a mulher que oportunamente se direciona involuntariamente até a unidade de saúde.
- Organizado: a prática é oferecida formalmente para a mulher que se encontra na faixa etária alvo para exames periódicos.
Entre os dois tipos, o organizado e o que tem mostrado melhor resultado, pois o monitoramento da paciente é feito em todas as fases do processo. Além disso, este tipo de rastreamento possui também o menor custo.
Quais exames ou testes fazem parte desta prática?
Atualmente no Brasil, segundo as diretrizes, o exame de mamografia é o único que quando aplicado na prática de rastreamento demonstra comprovação de alta eficácia na diminuição da mortalidade decorrentes da doença.
Desta forma, a mamografia é indicada para toda mulher com mais de 40 anos. Já em relação a frequência, recomenda-se, portanto, a realização da mamografia uma vez a cada dois anos.
Quais os benefícios e malefícios para as mulheres submetidas a esta prática?
Para as mulheres na faixa etária indicada pelas diretrizes, o rastreamento do câncer de mama apresenta os seguintes benefícios:
- Tratamento mais efetivo
- Menor morbidade
Já os malefícios para as mulheres nesta faixa etária, incluem:
- Resultado falso-positivo que gera ansiedade e excesso de exame
- Resultado falso-negativo que gera falsa tranquilidade
- Exposição à radiação ionizante em baixa dose
O rastreamento do câncer de mama pode ser realizado fora da faixa etária indicada?
Segundo as diretrizes, apenas as mulheres com mais de 40 anos apresentam um balanço positivo entre os riscos e benefícios para a saúde com a prática do rastreamento de câncer de mama. Já em outras faixas etárias, o balanço entre os benefícios e malefícios para a saúde da mulher é negativo. Portanto, para estas outras mulheres são recomendadas outros métodos.
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